miércoles, 25 de febrero de 2009

ENTREVISTA a The Slackers


A primeira compilaçom “Give `em the boot” do selo Hellcat Records mostrava que algo gordo estava a se mexer em Norteamerica no que diz respeito à música jamaicana. A participaçom desta banda de Nova Iorque, que já leva desde o 91 levando o bom gosto por bandeira, junto como grupos referenciais com Stubborn Allstars, Pietasters ou Hepcat reflexava a magnitude do tema. Tem-se assinalado que som umha banda de estilo tradicional mas acho que isso nom é certo, nom hai mais que colher qualquer um dos seus discos para ver que nom se limitam a tentar reproduzir o som típico das bandas jamaicanas. Eles sempre forom além disso, suponho que é isso o que os fai realmente atractivos, a sua música é especial, porque chegados a um ponto devemos exigir algo mais que um monte de músicos virtuosos reproduzindo o que já foi feito umhas décadas atrás. Os caras de NY tenhem decidido, e conseguirom de facto, fazer música com selo próprio, umha viagem sem reparar demasiado pola sua discografia da para perceber do que estou a falar. Reproduzo e reproduzo umha e outra vez o último disco, que leva por título “Self Medication”, e nom acerto a atopar umha definiçom exacta do que eles tocam. Acho que poderi chegar a aceitar algo à inversa do que derivou no ska na Jamaica na década de 60’, explico-me, se bem o ska foi fruto do que chegava a Jamaica polas ondas radiofónicas com origem norteamericana mesturado com a musica tradicional da ilha o que se passa caso é que The Slackers tenhem como raiz a música norteamericana, num sentido amplo(soul, jazz,folk,rock and roll, blues,) e estam profundamente influenciados pola música feita em Jamaica desde os 60’ até que os motoristas com pistolas fizerom-se com a indústria musical da ilha e instaurárom a ditadura do danchehall, nomeadamente: ska, reggae, rocksteady...Hai pouco baixei a sua discografia e a verdade que nom é impecável, tenhem discos mais afortunados que outros, mas os momentos de inspiraçom fazem que sejam uma das bandas referênciais no mundo enteiro, boa prova e que já passearom o seu som de Nova Iorque por muitos pontos do planeta, chegando a algum deles de forma bastante constante. Hai que estar bem atentes para pescá-los ao vivo, quando os veja já logo vou começando os preparativos para ir morrer tranquilo.
Depois de intercambiar uns quantos mails com o manager da banda tivem a oportunidade de conseguir o mail pessoal do David Hylliard, um dos cérebros compositivos e membro original de Hepcat, nom falou muito mas dijo algumha cousa interessante
1.Imagine que puidera falar com o Curtis Mayfield e o Bob Marley, como é que explicaria que música tocam os Slackers?
É música groovy que combina rock and roll americano com ritmos jamaicano pondo ênfase nos arranjos líricos.
2.Hai algum tempo, durante umha entrevista com The Peeping Toms perguntei-lhes por vocês, escrevim o vosso nome e dizem que escreveram o primeiro que se lhes passasse pola cabeça, eles disserom innovaçom, estm de acordo com essa descripçom?
Sim, está fixe. Acho que com os Slackers sempre estamos a tentar empurrar-nos a nós próprios. Nom estamos felizes ficando estáticos. Sempre estamos a trabalhar em arranjos tentando empurrar as nossas habilidades cara seus límites.
3.Na tua opiniom, morar numha cidade multicultural e multietnica com Nova Iorque pode influencias a tua música? Poderias falar-nos um bocado sobre os eventos ( música, pinchadas, cultura em geral...) que acontecem na tua cidade na altura?
Nom saio tanto como deveria, e desde que nasceu meu filho tenho estado ocupado quando chego à morada. Mas sim, viver em Nova Iorque realmente tem influenciado a minha música, a cena jazz, a cena latin som grandes influências na música que tenho criado. Costumava haver um tenda de música genial de música latin dentro dumha estação de metro, se baixavas do trem podias escuitar esta genial música. Por um tempo muitas cousas fecharam mas agora cousas novas parece que estam a abrir. Hai muitos locais de música ao vivo agora, hai bandas que estam a voltar, hai muitas em Nova Iorque na altura. No entanto nom hai muitas bandas de ska ou reggae saindo agora, de facto nom conheço nengumha nova. A maioria de bandas estam compostas por gente que conheço desde hai dez anos, como Dub is a weapon. No entanto tenhem lugar muitas noites de reggae e soul clássicos. Acho que isto poderia, com o tempo, derivar nos nascimento de mais bandas destes estilos

4. Poderias falar um bocado sobre a tua vida diária...é The Slackers umha banda a tempo completo? Tes algum outro projecto em paralelo?

The Slackers tem sido umha banda a tempo completo nos últimos dez anos. Fizemos por volta de 100-150 concertos cada ano, assim que sim, estamos realmente ocupados com a banda. Mas ainda assim encontro tempo para fazer outras cousas, ainda continuo com Dave Hillyard & The Rocksteady 7, tocamos por volta dumha vez ao mês em Nova Iorque e de quando e em vez estamos de digressom também. Também tenho umha banda de jazz que toca cada dous meses, acaba-mos de gravar um disco. Ainda nom temos nome. Ademais também acabo de rematar um projecto com o Glen Adams chamado “Dave Hillyard plays, "the hits of Jackpot.", sou eu fazendo solos sobre velhos ritmos reggae do Jackpot Catalog do Bunny Lee. Foi divertido tocar sobre esses velhos ritmos, lembrou-me a como aprendim a tocar, ouvindo vehas fitas na minha habitaçom.

5. Qual é a primeira ideia que vem a tua cabeça quando escuitas os seguintes conceitos-ideias-nomes...:

Condoleezza Rice - Puta
Dancehall: Chato
Sexo em Nova Iorque (telesérie):queixumeiro (sempre a queijar-se)
Greenpeace: Correcto
South Park: Cheirento
Patrick Ewing: Terco
Woody Allen: Parece-se ao meu pai
Hepcat: A minha antiga banda
6. Quê é o que tentam reflectir na suas letras? Acham que a música e a política som umha boa combinaçom? Poderia a música ajudar a um cambio político?
Tento escrever sobre cousas que me passam a mim. Nom escrevo músicas fantasiosas sobre Rude Boys ou agentes secretos gansters. Ás vezes as cousas som divertidas, as vezes som irônicas, as vezes políticas e pessoais á vez. Mas sim, sinto que é importante escrever sobre a sociedade que te rodeia, assim que os temas políticos som inevitáveis na maioria da música. Nom é tam bom como necessário . As músicas podem afectar ás cousas obviamente. Podem fazer que a gente tome consciência sobre certas cousas. Nom sei como em última instancia podem afeitar ao mundo mas nos tenta-mos nom obstante.
7. Poderia nos falar da sua formaçom musical?
Sou autodidata. Tomei algumhas liçons, merquei alguns livros de exercícios como o livro de Oliver Nelson de padrons e escalas. Nunca fum a aulas de música na Universidade, a minha educaçom consistiu em escuitar velhos discos de reggae e ska. Mais adiante também em escuitar velhos discos de jazz, e depois em ir a jam sessions de jazz, tocar ao vivo, falar com mais velhos ou mais experimentados músicos sobre cousas. Assim foi como fui aprendendo cousas.

8.Tocou algum outro tipo de música antes de começar a tocar a música que toca hoje em dia?
Realmente comecei tocando ska e reggae, isto ao ser norteamericano faz que seja um friki. Depois de tocar em bandas de ska comecei a aprender como tocar outros tipos de música como jazz ou blues.
Imagine que tem que mercar um presente para a sua mulher e só o pode fazer numha livraria, que mercaria? Poderia recomendar algumha revista de música?
Algum tipo de livro de viagens (guia de viagem). A minha mulher precisa umhas férias sem mim. Em quanto a imprensa...nom, a prensa fede, acho que Mojo é a melhor dum monte de malas revistas.
Pode fazer umha resenha do ultimo disco dos Slackers?
Self Medication mostra aos Slackers continuando a madurar. Este opus de 12 músicas começa num familiar território reggae e ska e depois vira cara a psicodélia e o rock inglês de finais da década de 60 e começos de 70. De algum modo este eclecticismo soa natural apesar da sua diversidade. ( David Hylliard).

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